Olár, meus amores!
Jimmy Neutron |
Sobre o livro:
Nome: O diário de Rutka
Autor: Rutka Laskier
Gênero: Diário
Ano do lançamento: 2008
Editora: Rocco
Páginas: 83
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Se você é um/uma leitor(a) sagaz, o título desse livro te
remeteu a outro: O diário de Anne Frank. Nesse caso, qualquer semelhança não é
mera coincidência. Anne e Rutka compartilharam de um mesmo momento histórico –
A Segunda Guerra Mundial. E, ambas, utilizaram da escrita como forma refúgio,
reflexão e esperança de dias melhores.
Filha dos poloneses Dovrah Hampel e Yaacov Laskier, Rutka
é uma adolescente de catorze anos de idade que, embora nascida na Alemanha, tinha
origem polonesa judaica. Os poloneses até apelidaram Rutka de Anne Frank Polonesa.
Rutka, seus pais e seu irmão Henius-Joachim constituíam uma família bem
estabelecida e viviam na cidade de Będzin. Lá, eles tinham uma vida
completamente normal e confortável até os primeiros rumores da guerra. É nessa
atmosfera de pré-Segunda Guerra Mundial que escreve a jovem polonesa.
Uma das coisas que mais me chamaram a atenção nos relatos
de Rutka, em geral é que embora haja esse plano de fundo histórico, é um diário
de uma adolescente cheia de vida, juventude, dúvidas e questionamentos. Rutka
tem um pensamento muito maduro e consciente sobre o momento em que ela vive e
isso é refletido na sua escrita de modo que ela, inconscientemente, consegue
unir os elementos que compõem o período da adolescência como a construção dos
laços de amizade, o primeiro amor e a descoberta da sexualidade mesmo quando
fala dos horrores do holocausto.
Com a presença cada vez mais intensa dos
nazistas na Polônia, Rutka e sua família foram enviados para um gueto - uma
espécie de bairro onde os poloneses ficaram confinados antes de serem
deportados para a execução em Auschwitz, prestando todo tipo de serviços para
os alemães. Já no Gueto de Będzin os relatos da jovem se tornam mais angustiantes e
angustiados. As última páginas do diário acabaram sendo perdidas por conta da má conservação, provavelmente. Rutka é deportada, em 1943 para Auschwitz.
O diário de Rutka ficou guardado por cerca de 62 anos por
sua amiga, Stanislawa Sapińska. O imóvel em que viveu a família X pertencia à
família de Stanislawa, que o desocupou para que pudessem construir o gueto.
Mas, para nossa sorte, esse diário foi descoberto e
apresentado ao mundo. Ainda que tenha se passado anos, é necessário sempre que
reflitamos sobre o horror do holocausto com a finalidade de nunca deixarmos que
isso se repita.
Agora que já te deixei com aquela vontadezinha de
conhecer (ainda que brevemente) o mundo de Rutka, sairei de fininho. Hahaahahaha
Mas não antes de me despedir. Espero que vocês tenham gostado da resenha e que
O diário de Rutka entre na lista das próximas leituras.
Um beijo carinhoso,
Lulu X.
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