Que a
vida é estranha, ninguém dúvida. Mas quando ela envolve voltas no tempo,
confusões de high school, uma catástrofe natural e um desaparecimento
misterioso, aí sim a vida é “hella” strange (estranha demais!). Juntando tudo
isso na estranhice do cosmos, Life is strange é um game lançado pela Square
Enix esse ano e que vai te ajudar a geekzar o seu dia do melhor jeito possível.
Vale a pena largar um pouco essa nossa vida gótica e dar uma conferida.
Então,
conferindo, em Life is strange você é Max Caufield, uma adolescente de 18 anos com
a ambição de se tornar uma grande fotógrafa e que acabou de retornar para a
cidade costeira de Arcadia Bay, Oregon (USA), para estudar numa high school
americana superfamosa e prestigiada, Blackwell Academy. Até aí, nada de novo.
Quem não está acostumado com os velhos enredos de high school? A gente vê em
filme toda hora. Entretanto, as coisas não são assim clichês, afinal a vida é
estranha. E por ser estranha a vida, Max
não é qualquer menina comum de Arcadia Bay. Ela tem um poder de... voltar no
tempo! Imagina que ótimo poder voltar no tempo e desfazer coisas feitas por
você ou pelos outros, traquinas? Pois é isso mesmo. Em Life is strange, você, sendo Max, pode voltar
no tempo e desfazer suas próprias ações e as ações de outros personagens,
alterando o curso da trama do jogo, uma vez que cada decisão sua influencia no
rumo como as coisas são tomadas. Bem estilo efeito borboleta.
Não é
que simplesmente o jogo te permita voltar no tempo e pronto, temos uma história. O enredo de
Life is strange é muito mais. Nele, você deve ser capaz de resolver os
mistérios que cercam Arcadia Bay e a personagem mesma, os quais podem estar
todos interligados: Por que Max é capaz de voltar no tempo? Onde está a garota
desaparecida dos vários cartazes espalhados pela cidade? O que foi a tempestade
estranhíssima de um sonho de Max no
início do game e que destruía a cidade? Por que o clima anda tão estranho e
muitos animais andam desaparecendo? O que está acontecendo com uma das amigas
de Max, Kate Marsh, que parece estar tão distante e confusa ultimamente? Nathan
Prescott, o bad boy riquinho da escola está envolvido nisso? Todos esses
problemas estão interligados? E muitas
outras perguntsa que vão se projetando e multiplicando num enredo em que, como
dito, cada ação feita por você tem consequência no rumo dessa história (ufa,
pelo menos é possível voltar no tempo e alterar algumas coisas, não é mesmo?
Como impedir que a sua melhor amiga seja morta por um louco).
De certa
forma, nesse trabalho investigativo, o legal é que Life is strange consegue
capturar questões até mesmo sociais, como retratar o bullying nas escolas,
quando Kate Marsh (amiga de Max) é perturbada pelos colegas; a internet e a
noção de público e privado; uso de drogas e bebidas, dentre outros.
Para
além de tudo, Life is strange é bem
interativo: Com o mouse, você pode explorar cada canto da escola, do lado de
fora dela e outros lugares possíveis de ir de acordo com o andamento da trama.
Por exemplo, dentro do jogo, é possível vasculhar o computador de outro
personagem sem nem mesmo ter tido permissão para fazê-lo, ou ler cartazes na
parede do corredor do dormitório ou até mesmo tirar fotos (quando possível) de
algo interessante. Então, não faltam desafios como procurar alguma coisa para
determinado fim investigativo, procurando responder às perguntas levantadas e
muitas outras que se colocam para o jogador.
Cronologicamente,
Life is strange começa numa segunda-feira e você pode conferir as impressões de
Max sobre a vida e os acontecimentos em um diário no game. Segunda-feira para o
primeiro episódio, terça-feira para o segundo e assim por diante. Sim, Life is
strange é um game feito por episódios, em que cada episódio representa um dia
na semana e que estão sendo lançados gradativamente na vida real. Já foram
lançados quatro episódios (Chrysalis, Out of time, Chaos Theory, Dark Room) e o
próximo (Polarized) já está para sair!
E, por
fim mas não menos importante, algo essencial. Casando perfeitamente com o
enredo, a trilha sonora do game é fantástica, contando com um repertório de
bandas sobretudo indies que criam um clima de nostalgia e, às vezes, suspense
para o jogo. Aproveito e coloco a minha música favorita da série:
Traquinas, acho bom dizer que quando algo chega a um estado de trabalho
estético muito grande, que não necessariamente é a perfeição, certamente é uma
tarefa muito difícil realizar uma descrição sobre. Com Life is strange não
seria diferente. Esse jogo não pode ser
descrito em base de “personagem que é capaz de voltar no tempo e alterar tudo”.
Não, o jogo é muito mais. E só a experiência de jogá-lo pode trazer à vida o
que é Life is strange como uma experiência da emoção – se você chora vendo
filme, com certeza chorará jogando Life is strange. Fica o convite a jogar!
Trailer
do jogo:
Lulu I
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