sábado, 25 de julho de 2015

Na estante: Carina Rissi - Encontrada

Olá, traquinxs... Lulu Q é uma mulher de palavra e por isso venho contar pra vocês o que achei do livro Encontrada da Carina Rissi. Lembram da resenha do livro Perdida?? Espero muito que se lembrem... u.u
Mas se não, cliquem aqui pra refrescar a memória de vocês!
Ficha Técnica
Livro: Encontrada - à espera do Felizes para Sempre
Série: Perdida
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Gênero: Romance Histórico
Páginas: 476
Ano: 2014

Sinopse: Sofia está de volta ao século dezenove e mais que animada para começar a viver o seu final feliz ao lado de Ian Clarke. No entanto, em meio à loucura dos preparativos para o casamento, ela percebe que se tornar a sra. Clarke não vai ser tão simples quanto imaginava. 
As confusões encontram a garota antes mesmo de ela chegar ao altar — e uma tia intrometida que quer atrapalhar o relacionamento é apenas uma delas. Além disso, coisas estranhas estão acontecendo na vila. Ian parece estar enfrentando alguns problemas que prefere não dividir com a noiva. Decidida, Sofia fará o que estiver ao seu alcance para ajudar o homem que ama. Ela não está disposta a permitir que nada nem ninguém atrapalhe seu futuro. Porém suas ações podem pôr tudo a perder, e Sofia descobre que a única pessoa capaz de destruir seu felizes para sempre é ela própria.


Então, eu sou daquelas leitoras compulsivas que leem as duas últimas páginas do livro para ver se vai rolar um final feliz ou algo do tipo. Essa prévia nunca falhou, mas vou dizer a vocês que se a Carina não tivesse me conquistado em Perdida, ela me teria babando por ela em Encontrada. 
Coisinhas de G-zuis... To simplesmente besta com a conclusão da história da Sofia e do Ian (não queria que tivesse acabado, mas tudo que é bom dura pouco; imaginem o que é ótimo?!). Eu estou mais apaixonada e maravilhada do que estava no outro sábado, se é que isso é possível. Vocês já sabem o que eu acho da Sofia, mas ela definitivamente se superou no quesito determinação e na forma desastrada de ser. Achei motivador quando ela diz que talvez deveria começar a fazer coisas erradas pra ver se tudo na vida dela daria certo. Cara, quantas vezes pensamos a mesma coisa? Quantas vezes ficamos nos perguntando o que aconteceria se seguíssemos por caminho B e não pelo A? Eu sei que já fiz isso inúmeras vezes.
Dessa vez, Sofia continua encontrando pedregulhos em seu caminho e alguns são bem piores que outros. Na continuação de Perdida, Sofia volta para ficar com Ian e se tornar a Senhora Clarke (embora ela não goste muito da parte do senhora), só que sendo uma mulher dois séculos a frente, ela encontra um pouco de dificuldade em aceitar o dinheiro de Ian e não consegue ficar ociosa. Super compreensível. Mas ela por vezes não pensa como isso poderia atingir e ferir o orgulho de seu marido. Ian é muito companheiro e mente aberta sobre os costumes de Sofia, mas até mesmo ele possui certos limites, e é essa diferença que se torna o maior obstáculo para o tão desejado felizes para sempre. Eu passei por momentos de aflição só de imaginar que eles pudessem brigar e se separar ou que a maldição fosse real (sei lá né, em um livro onde viagens do tempo e fada madrinha existem tudo é possível pra mim), mas sempre parava e pensava, calma Lulu, a Carina não vai fazer isso com você. Ela não vai destruir o seu coração sem motivo. E mesmo que ela te faça sofrer, o Storm vai lá te consolar... (esse era o meu mantra, e deve ser o de vocês)
Mesmo em seus piores momentos, Sofia não perde a graça e a objetividade. Achei que ela lidou muito bem com os boatos maldosos sobre a sua pessoa. Teodora subiu no meu conceito e dona Madalena simplesmente é a personificação da mulher do século XIX. Nem em Jane Austen eu conseguiria encontrar uma governanta tão capacitada, elegante, prestativa, mãezona e leal. Já a tia de Ian é a típica matrona amargurada do século XIX (há uma ranca delas em Jane Austen e outras tantas autoras da época); até achei que Cassandra Clarke era divertida e acrescentava um ritmo ao enredo da história, sem ela talvez o livro não teria tanta coerência. Tenho que dizer que a formalidade do século XIX era capaz de causar desastres infinitos (ainda bem que simplificamos as coisas com o passar dos anos).
Na parte em que eles estão brigados pude perceber como maus entendidos podem arrasar a vida de alguém, às vezes é necessário engolir o orgulho e perguntar qual é o problema ao seu namorado/amigo/pais/quem quer que seja. Nós podemos ser a pedra no nosso caminho, aí queridinhxs, não tem como ajudar, né?!
Padre Antônio é adorável; foi conquistado pelo poder do amor de Sofia, e depois de alguns capítulos, se tornou um dos meus personagens favoritos. Ah, e All Star vermelhos nunca foram tão tentadores pra mim quanto são agora. Até já planejei meu vestido de casamento pensando neles...
Só uma coisa ficou martelando na minha cabeça sobre essa viagem no tempo. Em todas as outras histórias sobre viagem no tempo que eu já li, os viajantes do tempo não podem ficar contando muita coisa pra não mudar o futuro e a Sofia faz uma porção de interferências; e até tem uma que é a mais gritante de todas. Só que eu não posso contar aqui, porque seria um spoiler do tamanho da Terra Média... Então vocês precisam ler o livro pra entender o que estou dizendo. .. Mas que essa interferência está me perturbando, ah, isso ela tá!!!!!!

*Minhas partes favoritas
Ian e Sofia Clarke:
"— Maldição, Sofia! — cuspiu ele, furioso, e me sacudiu de leve. — Por que diabos eu faria uma tolice dessas se eu a amo tant... — ele se interrompeu, me avaliando com a testa franzida. — Foi isso que a manteve tão hesitante?
— Você pediu um tempo! Existem regras pra isso, uma delas é não pressionar o parceiro até ele decidir o que quer. Todo mundo sabe disso!
— Eu não! — rebateu com ardor.
— E como é que eu ia saber? Você podia ter se explicado melhor!
— Se não estivesse a um passo de perder a cabeça, se a amasse menos, talvez eu de fato pudesse.
Enterrei a cabeça entre as mãos e gemi.
— Como é que a gente pôde se desencontrar tanto? Será que esses

duzentos anos sempre vão separar a gente?"

"— Quero que faça de conta que eu sou uma égua.
Um longo silêncio se abateu sobre o quarto, tudo o que eu ouvia era a minha respiração ofegante. Três pares de olhos se fixaram em mim.
— O quê? — os três perguntaram em uníssono.
— Faz de conta que sou uma égua — expliquei a Ian. — Faz aquilo que vi você fazendo no estábulo. Com a Princesa.
Compreendendo o que eu queria, ele assentiu uma vez. Então me ajudou a erguer o tronco e se encaixou entre as minhas costas e a cabeceira da cama. Passou um braço sobre os meus ombros, me mantendo no lugar, e esticou a mão livre para tocar minha barriga. Ian começou a fazer círculos firmes e precisos e, conforme seus movimentos cresciam, minha energia voltava.
— Assim? — ele sussurrou.
Eu ergui os olhos, a cabeça encostada em seu ombro, e encontrei suas íris negras brilhantes, sentindo a onda de tortura se avolumar dentro de mim.
— A gente já passou por um monte de coisas.
Respira.
— Muitas — ele concordou, continuando com sua mágica em minha barriga.
Respira. Respira. Respira.
— Não queria que você ficasse de fora dessa que, eu acho, vai ser a maior delas.
— Sofia... — Seus olhos ficaram úmidos, e tirei dali toda a força que me faltava.
Cerrando a mandíbula, eu aceitei a dor e a força de Ian, agarrando-o pelo antebraço, e empurrei com tudo. E continuei empurrando, até que por milagre a agonia desapareceu, e um choro agudo e estridente preencheu todo o quarto. O som fez meus olhos arderem e um nó se formou em minha garganta.
— Uma menina! — exclamou Madalena. — Oh, meu Deus, ela é tão linda!"
Tenho que confessar que nessa parte já estava ficando louca por saber que o livro estava acabando. Eu tenho a minha fada madrinha, mas ela me ajuda nesse século mesmo. Eu já tenho meu Ian Clarke e ele é muito parecido com o de Carina, e assim como o dela, o meu sempre vai ser "Meu passado, meu presente, meu futuro, Minha Vida." Eu estou emocionada. Acho que um livro não mexe tanto comigo desde de A culpa é das Estrelas. Tudo bem que o final não é tão chorante quanto o do John Green, mas o recado que a Carina deixa a nós leitores é incrível. Lutar pelo amor, viver o amor e sentir o amor é algo que poucas pessoas conseguem encontrar. E se vocês encontraram alguém que ame não apenas suas qualidades, mas que ache adoráveis e divertidos os seus defeitos, então você deve agarrá-lo e não deixá-lo ir nunca mais.
Obs: 
Esta cena é do filme Uma Longa Jornada do Nicholas Sparks, mas quando os vi assim só conseguia imaginar como o Ian e a Sofia ficavam sentados lendo Orgulho e Preconceito no lugar especial onde o Storm sempre os levava.
Eu estou chorando horrores e meu notebook está meio úmido. Então acho melhor parar por aqui. Por enquanto é isso, traquinxs maravilindas. Encontro vocês em algum dia não tão distante.
Beijinhos da sua única, linda e chorosa leitora compulsiva,
Lulu Q.

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