sábado, 22 de agosto de 2015

Na Estante: Elena - a filha da princesa


Olá, traquinxs maravilindas. Essa semana eu li um livro que me deixou com uma sensação de dejá vù. Tenho viajado bastante pelos livros do cenário nacional, mas esse deixou um pouco a desejar. Esse livro trata-se de uma continuação da série Simplesmente Ana e De repente, Ana. Eu estava no Clube do Livro Saraiva quando as meninas falaram sobre ele. Eu me apaixonei pela capa e fiquei curiosa para ler. Só que a vida corrida me fez esquecer dele até ontem. Li o ebook de ontem (segunda-feira) pra hoje. Achei uma leitura mega fácil, rápida e sem muitas intrigas. Vamos ver a ficha técnica primeiro e depois eu falo mais sobre o que achei.





Ficha técnica: Elena, a filha da princesa
Autora: Marina Carvalho
Editora  Galera Record
Lançamento: maio/2015
Páginas: 316 páginas
Gênero: Young Adult

Sinopse: Vinte anos se passaram desde o fim da história de De repente: Ana. A princesa da Krósvia agora tem 44 anos e ainda vive feliz ao lado do marido, Alexander Jankowski, e da filha, Elena. Ana, assim como a tia Marieva, dedica-se a diversas causas sociais. Essa característica altruísta foi passada a Elena, que resolveu dar um tempo no curso de Línguas para ser voluntária em regiões de pobreza extrema no continente africano, quase matando o pai do coração. Seis meses após ter partido, Elena é obrigada a voltar a Krósvia: Ana descobre que está grávida, e Alex quer a filha por perto, para apoiar a mãe, que enfrenta uma gravidez de risco e não anda passando muito bem. Elena retorna a Krósvia, para a felicidade da família. Ela também demonstra alegria por estar de volta, mas sente um vazio por ter deixado para trás tanta gente que contava com sua generosidade. Nesse meio tempo, Luka, filho mais novo de Marieva e Marcus, surge, depois de passar anos fora do país, o qual deixou assim que completou idade suficiente para se manter por conta própria. Luka volta para prestigiar a irmã Luce, prestes a se casar. E, assim que se depara com Elena, os dois acabam se estranhando por conta de antigas diferenças de personalidade. No entanto, é quase impossível resistir à química que os atrai, levando-os a um jogo de gato e rato divertido e, ao mesmo tempo, muito sensual.

Sobre a autora:

"Sou Marina, mineira, capricorniana, professora, jornalista, casada com Rogério Rocha, mãe de dois filhos: Hugo e João. Passo os dias diante de um objeto plano e retangular, seja o quadro negro da escola onde trabalho ou a tela do computador. Portanto, faço o que gosto, pois escrever é uma de minhas maiores alegrias. A leitura é importante para mim e deixo sempre bem claro que gosto de muitos gêneros, mas costumo pender para as histórias de amor. Afinal, quem não gosta de um final feliz?" - Trecho retirado do site da Marina Carvalho.

Então agora vamos ao que interessa. Como já disse, a leitura foi rápida. Marina escreve com bastante fluidez e alterna a visão dos protagonistas, nesse caso, Luka e Elena. Por ser uma continuação dos eventos no reino de Krósvia temos vários flashbacks do passado dos protagonistas e de seus familiares. Elena é uma humanitária e sente-se desconfortável sendo tão privilegiada. É amada por todos da família e quando o pai pede que retorne ao reino de Perla para poder cuidar da mãe Ana, que passa por uma gravidez de risco, Elena não pensa duas vezes antes de pegar as trouxinhas e voltar pra casa. Eu a achei uma personagem forte, centrada e real. Luka por outro lado, é a ovelha negra. Possui um passado recheado de más escolhas. Vive à sombra do que o pai fez à monarquia há alguns anos atrás. Trata mal a mãe e é odiado pelos homens da família Markov, embora também seja um deles. 
Ainda não consegui achar o ponto alto do livro. Mas o que mais me deixou decepcionada foi a sensação de "cara, eu já li isso.". Para quem já leu a série A Seleção da Kiera Cass e, mais recentemente, A Herdeira também terá a mesma sensação que eu ao ler esse livro. Não li o livro da Ana porque não queria saber dessa história que também já começou com um quê de Diário da Princesa. E me concentrei exclusivamente em Elena (dei com a cara na parede).


Vou pontuar alguns fatos que tornaram a sensação de dejá vù tão latente pra mim:

1) A história de Elena começa vinte anos depois que a história da mãe dela. Assim como nos livros de Kiera Cass. Podemos ver como o reino se encontra depois de tantos anos. E ver também como as personagens mudaram com o tempo. Foi estranho ver Maxon e America nos papeis de pais, assim como deve ser ver Ana e Alexander.

2) O cenário em Perla é o mesmo encontrado em Iléa; após alguns anos de paz os movimentos separatistas ganham força e a família real se vê alvo de novos movimentos para a queda do governo monárquico. Elena é ignorante acerca dos problemas de seu reino e acaba sendo vítima de alguns extremistas. Algo bem parecido acontece com a princesa Eadlyn. 

3) O terceiro ponto que é muito semelhante é o fato de um primo ser alvo do seu sentimento de amor. Tudo bem que lá no livro de Cass, Eadlyn e Kyle não são primos de sangue, mas foram criados como se fossem. Eles se odeiam e quando Kyle é selecionado para ser pretendente de Eadlyn, eles começam a descobrir coisas que nunca pararam para perceber. Luka passa de vilão a herói. E vou confessar que eles formam um casal cativante. Não tem muita melação e ele não muda por causa dela. Ele simplesmente nos mostra o outro lado dele, que por tanto tempo tentou esconder, mas sempre esteve lá. Luka ama as irmãs com loucura e sempre tenta não magoá-las. Como um homem desse pode ser ruim?

Bom, fora isso, outra coisa que me deixou triste foi o final. Depois de uns momentos de tensão, a autora cortou o clima. Ela cita o que acontece com o odioso Marcus, fala por alto sobre a eleição e deixa em aberto o futuro do casal Luka e Elena. Não sei porque Marina optou por esse tipo de final, mas eu não gostei. Claro que não queria uma trilogia ou uma continuação cheia de lenga-lenga sem fim, entretanto oferecer um encerramento para os acontecimentos seria o esperado.
Sem contar também que não consegui ter uma intimidade com as personagens. É tudo muito superficial. As primas Luce e Giovana aparecem bastante, mas você fica "ahn, e daí?". Tia Marieva sofre pra caramba e você fica: "tá, e eu com isso?". Luka some por dias a fio e a gente não consegue sentir a aflição que Elena diz sentir. Cadê profundidade??

Minha citação favorita ficou no final. 
"Luka acha que “o inferno são os outros”. Eu não. Meu inferno é ele. E meu paraíso também. Que garota de sorte eu sou."


Por hoje é só, traquinxs, espero que vocês peguem o livro para ler e avaliem se minha opinião é condizente com a de vocês. Às vezes, é legal ver um livro com características similares, mas acabei achando o conjunto meio fajuto. Não dá pra gostar de todos, né?! Nem eu consigo :D

Beijinhos da sua única, linda, rainha,
Lulu Q.

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