quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Menos blá blá blá blá

Bom dia, Traquinas nenéns da Lulu L. Tudo bem? Como foram de ano novo? 2015 finalmente acabou, oh diacho de ano ruim, né? Acabou? Não totalmente, 99% em 2016, mas aquele 1% é 2015.2. Mas o que a Lulu ursinho carinhoso veio falar hoje não é beeem sobre as desaventuras de ser estudante da UFRJ Quero falar sobre uma coisa que me incomoda muuuuito. Conheçam agora a Lulu L "feminista de saco cheio."
Terça-feira, tinha acabado de sair da aula bem de manhãzinha, aquela busca por um banheiro com papel que nós habitantes daquela faculdade sabemos quão raro é, quando entrei no banheiro e me deparei com esses escritos:

É, as mulheres da faculdade estavam brigando na porta do banheiro, discutindo gênero. (deixar claro que super apoio a discussão, que falemos e desmitifiquemos e desconstruamos preconceitos sobre isso.) Mas daí, eu, mulher CIS, querer falar que outra mulher/outro homem não pode se considerar cis/trans é demais e sem sentido. Em que época vivemos? Ao invés de continuarmos no caminho das desconstruções dos padrões que a nossa sociedade infelizmente nos impõe, vocês ficam brigando na porta do banheiro?????


Tinha a lápis bem em cima de toda a discussão uma chave escrito "bando de malucas", quero dizer a essa moça: MUITO OBRIGADA! Enquanto nós, mulheres empoderadas, que estudamos na maior Universidade do Brasil, discutimos querendo enfiar uma coisa desse tipo na goela dxs amiguinhxs que discordam, tem alguém sofrendo alguma opressão.

É lógico que vivemos em um mundo tão opressor que acumulamos opressões, do tipo: "mulher, lésbica, gorda, negra, pobre...", mas eu não sabia que a gente tava numa competição de quem era mais ou menos oprimido, somos todos seres humanos e nossa identidade é multifacetada, somos feitos de vários conceitos, conseguimos ser várias coisas e sermos uma só. Paremos de brigas bobas e vamos lutar pelo que interessa, enquanto a gente briga e oprime mais alguém, alguém morre porque machismo mata, lesbofobia mata, racismo mata, homofobia mata, transfobia mata. CHEGA de briga boba, chega de blá blá blá.




Façamos algo que realmente engrandeça o mundo. 
Emanemo-nos amor!
Um beijo carinhoso, embora chateado, 
Lulu L.

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