Sessão de cinema: Histórias cruzadas

Hellooo, Traquininhas do meu coração!!! Tudo em ordem?! Espero que sim.
Então, hoje eu vim falar pra vocês sobre um filme que assisti num sábado de tédio - santa netflix! Não tava dando nada pelo filme, mas mesmo assim apertei o play e... Caramba! Que Filme é esse! Histórias cruzadas me fez rir, chorar, ficar indignada, com pena... me provocou tantas emoções e me fez refletir muito sobre a vida. Vem comigo, Traqs, que vocês não vão se arrepender! o/

Ficha técnica:

Nome: Histórias cruzadas

Ano: 2012

Direção: Tate Taylor

Gênero: drama

Algumas atrizes: Emma Stone, Jessica Chastain, 

Viola Davis, Octavia Spencer, Bryce Dallas Howard

Vamos ao filme. A trama se passa em Jackson, cidade do Mississipi, nos anos 60. O filme fala de Skeeter, uma jovem moça branca um tanto quanto diferente das outras; ela se incomoda com o apartheid e trata bem tanto as empregadas como todas as outras pessoas "de cor". Skeeter trabalha para um jornal, escrevendo a coluna de limpeza, mas o que ela quer mesmo é ser escritora.

Skeeter, como muitas outras crianças brancas, foi criada pela empregada da casa, Constantine. E eis que um dia Constantine não está mais lá, pois sua mãe a demitiu; e o pior, Traquinas, é que a mãe de Skeeter diz que a empregada que pedira demissão. Quando a menina descobre que Constantine na verdade fora demitida, ela fica revoltada - e com razão, afinal, ela foi criada por aquela senhora!

A partir daí, a jovem decide que vai escrever a história das empregadas domésticas pelo ponto de vista delas próprias e intitula o livro de "A resposta". Mas, para escrever um livro sobre mulheres negras, Skeeter precisa de mulheres negras!!! E isso não é tão fácil assim de conseguir. As mulheres sentiam medo, já eram humilhadas o suficiente sem terem feito nada. Imagina se reagissem?!

Mesmo assim, a jovem jornalista, com a desculpa de que vai fazer perguntas para sua coluna sobre limpeza, consegue permissão para entrevistar uma empregada, Aibileen Clark. A pricípio, Aibileen tem medo de falar, mas após pensar e repensar decidiu arriscar e falar sobre suas histórias, sobre como já fora humilhada e sobre como era criar aquelas crianças brancas.  

Um fato que chamou muita atenção foi a relação entre as empregadas e as crianças. Elas realmente faziam o papel de mães das crianças. Elas incentivavam, encorajavam, ensinavam tudo da vida pr' aquelas crianças! 

Além de Aibileen, sua amiga Minny Jackson também se cansa de ser humilhada e resolve abrir a boca. Sua patroa, Hilly Holbrook, é uma verdadeira bruxa!!! A cena que me deixou mais indignada foi quando estava caindo uma grande tempestade e Minny estava apertada para ir ao banheiro. O banheiro que ela podia usar era do lado de fora da casa e não tinha condições de ela ir até lá. Então ela vai ao banheiro de dentro da casa e não chega nem a fazer nada, pois a patroa ridícula a pega no flagra. Olha, manxs! Que revolta que me deu quando ela foi demitida! Achei lindo quando ela finalmente se cansou disso tudo, concordou em falar com Skeeter e, o melhor, se vingou da megera.

Me senti vingada nessa cena!!! Muaaaahahahahahahahahaha!!!!!

Uma coisa que me chamou atenção no filme e que me pôs pra refletir foi que dava pra perceber que as patroas (com exceção da megera da Hilly) gostavam de suas empregadas e as empregadas também gostavam das patroas e, principalmente, das crianças. O que eu notei que acontecia era a questão do poder; sempre é isso. As patroas brancas não queriam ser mal-vistas pela sociedade por tratarem aquele "gente de cor" como seus semelhantes; isso era vergonha para eles. E tudo por causa de quê?!?! Por causa desse maldito poder, que vira a cabeça das pessoas, que faz com que elas esqueçam que são mortais, que precisam umas das outras. Esse tão almejado poder, que faz com que as pessoas pensem que são melhores que outras e que por isso podem humilhar, maltratar e pisar. Olha, Traquinas, apesar de esse filme se passar na década de 60, achei ele muito atual. Situações de racismo acontecem o tempo todo, mais do que a gente imagina.

Hoje fica aqui um apelo da Lulu S: assistam ao filme! Mas não assistam somente como forma de entretenimento; assistam e reflitam sobre como essas coisas que acontecem lá na historinha do filme são muito reais e muito atuais.

Um beijo da sua Lulu S!

PS: Pra vocês terem um gostinho, assistam ao trailer do filme